O envelhecimento e o renascimento podem andar juntos: propósito aos 60+

“Propósito” é um termo perseguido pela maioria dos cidadãos atualmente, e ele é dual: ao mesmo tempo em que parece algo tão distante, é impossível cogitar uma vida sem tê-lo como guia. Na verdade, essa questão sempre ecoou no imaginário social, ainda que, em momentos mais turbulentos, o propósito fosse “sobreviver”.

Desde a idade mais jovem, queremos nos sentir úteis, contribuindo para a sociedade e seguindo pelo caminho que mais nos parece correto. À medida que envelhecemos, essa questão ganha ainda mais força e relevância, afinal, enquanto nossa vida avança, nos perguntamos cada vez mais se o que fazemos, pensamos e sentimos está realmente alinhado com quem realmente somos.

Muitas vezes, pelo propósito de vida principal ter sido criar o próprio patrimônio, ou começar uma família, ou mesmo se desenvolver ao máximo na área profissional, não nos permitimos conhecer outros sentidos da vida guardados para nós – e é nesse ponto que a fase dos 50 anos e além se torna tão protagonista.

Atualmente, é comum que o avanço da idade nos confronte com novas questões sobre identidade e propósito. Envelhecer pode trazer à tona inúmeros desafios. Quando a carreira chega ao fim, os filhos seguem seus próprios caminhos, e as obrigações diminuem, há um espaço que pode ser tanto desafiador quanto libertador. A aposentadoria, muitas vezes vista como um período de descanso, pode também trazer a sensação de vazio, principalmente para aqueles que sempre definiram seu valor por meio do trabalho ou da criação da família.

Mas o que poucos (felizardos) enxergam, é que também se trata de uma fase que oportuniza redescobertas. Um momento ideal para redescobrir propósitos que ressignifiquem a vida, e é justamente nesse ponto que a busca por novos interesses, paixões e formas de contribuição ganha força.

É isso que o livro “Propósito de Vida da Pessoa Idosa” da autora Cláudia Marques, explora: diferentes aspectos da longevidade saudável, que alcançamos através do propósito e da realização pessoal. A obra também traz reflexões profundas sobre o papel da pessoa idosa na sociedade.

Um estudo conduzido por Patricia Boyle, neuropsicóloga do Rush Alzheimer’s Disease Center, em Chicago, sugere que idosos que possuem um propósito claro de vida apresentam uma redução de até 30% no risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Além disso, aqueles que se mantêm engajados em atividades que os inspiram ou que encontram novos significados após a aposentadoria tendem a viver mais e com maior qualidade de vida.

Outro estudo, realizado pelo National Institute on Aging (NIA), reforça a ideia de que ter um propósito ajuda a preservar a saúde mental e física. A pesquisa revelou que pessoas idosas com um forte senso de propósito são menos propensas a desenvolver doenças cardiovasculares e apresentam níveis mais baixos de inflamação no corpo – ambos fatores cruciais para uma longevidade saudável.

Essas descobertas ressaltam o que Cláudia propõe em sua obra: que o envelhecimento não deve ser encarado apenas como uma fase de perdas, mas como um momento de realinhamento com novos ou esquecidos propósitos. A autora também propõe como a sociedade precisa rever sua percepção sobre o envelhecer, estimulando a valorização do idoso e seu papel ativo na construção de uma comunidade mais equilibrada e inclusiva. Afinal, a longevidade saudável não depende apenas do corpo, mas, sobretudo, de um espírito com metas e razões para continuar avançando.

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1 respostas em "O envelhecimento e o renascimento podem andar juntos: propósito aos 60+"

  1. Simon Sinek fala muito de Proposito em suas palestras….

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