21 de março: Dia Internacional de Luta pela eliminação da discriminação racial   – conheça 4 Livros Antirracistas

Em 21 de março de 1960, na cidade de Johanesburgo, África do Sul em pleno Apartheid, ocorreu o Massacre de Sharpeville, quando 69 pessoas foram mortas pelo exército e outras 186 ficaram feridas. Na ocasião, cerca de 20 mil pessoas negras protestavam pacificamente contra a Lei do Passe, uma norma que exigia que as pessoas negras portassem cartões de identificação especificando os locais onde poderiam transitar na cidade. Durante o protesto, as tropas do exército abriram fogo contra a multidão. Em 1966, a Organização das Nações Unidas (ONU), institui essa data como Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória das vítimas e como uma data de resistência e de luta antirracista no mundo.

Por ocasião desta data, aí vai uma dica de 4 livros para pensar sobre o antirracismo e como é um dever da sociedade combater qualquer tipo de discriminação.

Pacto da Branquitude, de Cida Bento: analisa a influência da branquitude na estruturação das sociedades atuais e como ela ajuda a moldar o curso de jornadas pessoais.

Racismo Linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo, de Gabriel Nascimento: o livro debate a complexidade da desigualdade racial no Brasil, analisando a intersecção entre linguagem e racismo. Além disso, destaca debates de intelectuais negros, frequentemente negligenciados, e suas contribuições para uma visão mais inclusiva da linguagem na sociedade brasileira.

Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves: embora as 900 páginas possam assustar, este livro é fascinante desde a primeira página, contando a trajetória de Kehinde, uma africana sequestrada do reino de Daomé e trazida como escrava para Salvador, Bahia, no Brasil. Apesar de ser uma obra de ficção, o livro aborda aspectos históricos do país no século XIX.

Amoras, de Emicida: o livro infantil Amoras, escrito pelo rapper Emicida, é dedicado à primeira filha do cantor, Estela. Na obra, ele fala da importância da representatividade negra.

Estas datas servem para que a sociedade não esqueça do mal que as discriminações podem causar. Também para evidenciar os esforços para construção de uma sociedade mais inclusiva e justa.